Sophia Pinheiro
1990, nasceu em Goiânia (GO), vive e trabalha em São Paulo (SP).
É pensadora visual: artista visual, cineasta e educadora popular. Interessada nas políticas e poéticas das artes visuais, do audiovisual, educação, processos de criação, gênero, sexualidade e epistemologias ameríndias. Doutora em Cinema e Audiovisual (PPGCine-UFF), mestre em Antropologia Social (PPGAS-UFG) e Licenciada e Bacharel em Artes Visuais (FAV-UFG). Desenvolve desde 2013, a série “vândalas mascaradas” com desenhos e pinturas, esculturas e atoinvenções (como nomeia o conjunto de filmes, fotografias e performances da série), uma pesquisa sobre a autonomia dos corpos implicados no prazer, festas populares, máscaras e confluências não humanas. Seu trabalho artístico conflui com sua militância política e é atravessado por “estratégias pedagógicas com as quais a arte pode aprender” (disse a curadora Clarissa Diniz sobre seu trabalho). Implica-se a quase 10 anos na militância indígena e na formação audiovisual de diversos povos, sobretudo entre mulheres indígenas. Como parceira de trabalho, é realizadora dos filmes “TEKO HAXY - ser imperfeita” (2018, 39 min) codirigido com a cineasta Mbyá-Guarani Patrícia Ferreira Pará Yxapy e “Nhemongueta Kunhã Mbaraete” (Programa IMS Convida, 2020, 200 min), uma obra-processo de 16 videocartas em colaboração com as cineastas indígenas Graciela Guarani, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Michele Kaiowá.
Em 2023, foi considerada pelo ARTE QUE ACONTECE e 9 curadoras e curadores (Catarina Duncan, Ana Roman, Naine Terena, Raphael Fonseca, Paula Borghi, Ana Carolina Ralston, Priscyla Gomes, Paula Plee e Luciara Ribeiro) como uma das 23 artistas brasileiras emergentes em 2023. Em maio, participou da exposição coletiva “Ritos e alegorias sobre natureza” na Zipper Galeria (SP) com curadoria de Ana Carolina Ralston e em agosto da coletiva "O corpo que transborda forma" com curadoria de Paula Borghi na Galeria Carmo Johnson Projects. Lançou a websérie “sentir, pensar em agir”, três episódios com as cineastas Graciela Guarani, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Flor Alvarez Medrano. Como pesquisadora e educadora popular, é uma das coordenadoras da “Katahirine - Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas”, primeiro mapeamento e articulação com as mulheres indígenas cineastas no Brasil. Professora da Academia Internacional de Cinema de São Paulo e conduzirá a formação audiovisual para mulheres indígenas Pataxó, Huni Kuin e Mbyá-Guarani, pelo Instituto Catitu.
Ganhou o prêmio Sala Compacta do Museu de Arte de Goiânia (2022) com a obra em processo “Ficção Vermelha” e lançou o livro "Teko Hypy - a origem do mundo", livro ilustrado e bilíngue (português−Mbyá-Guarani) de autoria de Ariel Ortega Kuaray Poty, Leandro Kuaray Mimbi, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Sophia Pinheiro, pela nega lilu editora. Fez parte como artista residente do Programa de Orientação de Projetos em Artes Visuais Módulo 3, sob a coordenação de Clarissa Diniz e Gustavo Torrezan, pelo Programa de Formação do Sesc São Paulo e foi uma das professoras dos módulos de formação em Audiovisual das aldeias Mbyá-Guarani no litoral sul de São Paulo, pelo Comitê Interaldeias.
Foi artista residente do Pivô Pesquisa - Ciclo II (SP), em 2021 com curadoria de Catarina Duncan, e artista bolsista do programa Formação e Deformação - Emergência e Resistência 2019 da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ) com curadoria de Clarissa Diniz e Ulisses Carrilho. Como educadora, foi professora da Academia Internacional de Cinema do Rio de Janeiro na matéria “Cinemas de Invenção” (2019-2022) e ministrou diversas oficinas de formação audiovisual em aldeias Funil-ô e Guarani-Mbyá além de oficinas em Instituições como Instituto Moreira Salles, Itaú Cultural, Sesc, Porto Iracema das Artes e Universidades: PPGAS-UFG, PPGAS-UFMS e NEABI-IFAL.
Seus trabalhos já foram expostos no nordeste, centro-oeste, sudeste e sul brasileiros além de países como Argentina, Paraguai, Espanha, Portugal e Alemanha, em exposições como – “25º Salão Anapolino de Arte” (Goiás, 2021); “Letter From a Guarani Woman in Search of The Land Without Evil – SAVVY Contemporary durante a 15º Berlinale Forum Expanded – 70º Berlinale - Berlin International Film Festival (Berlim, 2020); Estopim e Segredo | uma exposição cinco cortes – EAV Parque Lage (Rio de Janeiro, 2020); “PALAVRA Movimento Respeita! – ArtRio – Feira de Arte Internacional do Rio de Janeiro (2019)” e “Exposição Etnopoéticas da Imagem - Galeria Casarão 34 - Fundação Cultural de João Pessoa (PB, 2017)”.
Curadora e co-criadora do Coletivo FAKE FAKE (Goiás, 2008-2016), coletivo de formação e práticas artísticas-pedagógicas em torno do desenho. Curadora da “Mostra Amotara – Olhares das Mulheres Indígenas” (Bahia, 2021) e do CineLage “Ocupar a terra, ocupar a tela – mostra de filmes com e por mulheres indígenas” (Parque Lage, Rio de Janeiro, 2019).
Assista aos seus filmes:
Site da Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas, no qual é uma das coordenadoras: https://katahirine.org.br/
Formação acadêmica/titulação:
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2018–2023: Doutorado em Cinema e Audiovisual (Conceito CAPES 4).Universidade Federal Fluminense, UFF, Brasil. Título: “Aquilo que é sonhado muda a estrutura das coisas: reencantando e perturbando o cinema com mulheres indígenas”. Orientadora: Karla Holanda. Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil.
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2020 – 2022: Licenciatura em Artes Visuais. Centro Universitário Leonardo da Vinci, UNIASSELVI, Brasil.
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2015-2017: Mestrado em Antropologia Social. Universidade Federal de Goiás, UFG, Goiania, Brasil com período sanduíche em Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Orientador : Cornélia Eckert) Título: “imagem como arma: a trajetória da cineasta indígena Patrícia Ferreira Pará Yxapy”. Orientadora: Maria Luiza Rodrigues de Souza. Bolsista do(a): Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil.
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2008-2013: Graduação em Artes Visuais Design Gráfico. Universidade Federal de Goiás, UFG, Goiânia, Brasil com período sanduíche em Universidade Federal do Rio de Janeiro (Orientador: Maria Ceçilia Fittipaldi) Título: ENTRE A proposta de um livro ampliado e narrado por imagens Orientadora: Maria Ceçilia Fittipaldi. Graduação em Comunicação Visual Design. Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio De Janeiro, Brasil
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2017-2017: Aperfeiçoamento em Guión Cinematográfico: discurso narrativo, dramático y dramático narrativo. Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de Los Baños (Cuba), EICTV, Cuba Título: El pájaro que se posó en mi pecho izquierdo Orientador: Francisco López Sacha.
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2017-2017: Aperfeiçoamento em Montaje: Estructura y Ritmo. Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de Los Baños (Cuba), EICTV, Cuba Título: A imagem como arma: vídeocartas Orientador: Berta Frías Bolsista do(a): Fundo de Arte e Cultura de Goiás.
Residências:
2022
Cidade da Guatemala pelo projeto “sentir, pensar e agir”, produzindo a websérie: sentir, pensar e agir
Programa de Orientação de Projetos em Artes Visuais Módulo 3, sob a coordenação de Clarissa Diniz e Gustavo Torrezan, pelo Programa de Formação do Sesc São Paulo
2021
Ciclo II – Pivô Arte e Pesquisa, São Paulo, SP, Brasil.
2019 a 2020
Formação e Deformação - Emergência e Resistência 2019. Escola de Artes Visuais do Parque Lage, EAV PARQUE LAGE, Brasil.
Prêmios:
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Sala Compacta: https://salacompacta.escalas.art/sophia-pinheiro/
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10ª Edição do Premio Pierre Verger, ABA - Associação Brasileira de Antropologia. (2020)
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TEKO YPY - a origem do mundo na perspectiva Mbyá-Guarani, Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia. (2019)
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“sentir, pensar e agir": O fazer artístico-cinematográfico de mulheres indígenas na América Latina, Fundo de Arte e Cultura de Goiás. (2018)
Exposições coletivas:
2023 – Ritos e alegorias sobre natureza na Zipper Galeria (SP)
2022 – Sala Compacta do Museu de Arte de Goiânia
2021 – Kwá yepé turusú yuiri Assojaba Tupinambá − Essa é a grande volta do manto Tupinambá – Funarte Brasília e Porto Seguro e Aldeia tupinambá de Serra do Padeiro (BA).
2021 – Residência artística Pivô Arte e Pesquisa 2021 (SP)
2021 – Exposição “Campo Aberto” Pivô Arte e Pesquisa 2021 (SP)
2021 – Exposição ArtRio 2021 pelo Instituto Solar dos Abacaxis (RJ)
2021– Exposição “10º Leilão anual” Pivô Arte e Pesquisa 2021 (SP)
2021 – Exposição Especular – Ser Transitória (Galeria Modernistas, RJ)
2021 – Galeria FAV-UFG (Goiânia, GO)
2020 – 25º Salão Anapolino de Arte - Anápolis (GO)
2020 – Letter From a Guarani Woman in Search of The Land Without Evil – SAVVY Contemporary – 15º Berlinale Forum Expanded – 70º Berlinale - Berlin International Film Festival – Berlim (DE)
2020 – Estopim e Segredo | corte 5 – EAV Parque Lage – Rio de Janeiro (RJ)
2019 – Estopim e Segredo | abertura – EAV Parque Lage – Rio de Janeiro (RJ)
2019 – Ainda fazemos as coisas em grupo – Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica – Rio de Janeiro (RJ)
2019 – PALAVRA Movimento Respeita! – ArtRio – Feira de Arte Internacional do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ)
2019 – ExpoCaos: da lama à alma da alma à lama – Casa Jangada – Rio de Janeiro (RJ)
2019 – Hospedando Eco-Sensorial – EAV Parque Lage – Rio de Janeiro (RJ)
2019 – Tela Indígena – Memorial do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS)
2018 – DESVIO – Caixa Preta – Rio de Janeiro (RJ)
2018 – Gifformance – Expo 32 – Bruxelas (Bélgica)
2017 – Prêmio SESI Arte e Criatividade – 2º lugar Categoria Obras Sobre Papel – Goiânia (GO)
2017 – Gifformance – La Mansión 108 – Assunción (Paraguai)
2017 – Gifformance – Centro de Arte Maria Teresa Vieira – Rio de Janeiro (RJ)
2017 – Gifformance – Festival La Plataformance 2 – Lado B – São Paulo (SP)
2017 – II Exposição Internacional de Arte e Gênero Seminário Fazendo Gênero 11 & Women’s Worlds 13th – Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) - UFSC – Florianópolis (SC)
2017 - Exposição Etnopoéticas da Imagem - Galeria Casarão 34 - Fundação Cultural de João Pessoa - João Pessoa (PB)
2017 - Mostra Itinerante do VIII Prêmio Pierre Verger Ensaio Fotográfico (edição 2016) - Laboratório de Imagem e Som em Antropologia do Depto. De Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP - São Paulo (SP)
2017 - Mostra Itinerante do VIII Prêmio Pierre Verger Ensaio Fotográfico (edição 2016) - Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas - Labome - Sobral (CE)
2017 – ACASAS – Casa Aurora, Casa Pedro Ludovico e Casa Itatiaia – Goiânia (GO)
2017 - 365 mujeres ilustradas - Elhecho - Buenos Aires (ARG)
2016 - La Herida - La Herida - Galeria de Mulheres Artistas – Goiânia (GO)
2016 - FEIA - Festival do Instituto de Artes da Unicamp - Campinas (SP)
2016 - Prêmio Pierre Verger 2016 VIII - Edição de Ensaio Fotográfico - 30ª RBA - Reunião Brasileira de Antropologia - João Pessoa (PB)
2015 - FAKE FAKE ilustraciones 6 - Sertão Urbano - Galeria Potrich – Goiânia (GO)
2013 - Festival de Ilustração da Bahia - Salvador (BA)
2013 - FAKE FAKE ilustraciones 5 - NA RUA - Galeria Potrich – Goiânia (GO)
Curadorias:
2023-Atual – Katahirine - Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas
2021 – Curadoria Amotara – Mostra olhares das mulheres indígenas – Bahia (BA)
2019 – Cine Lage: Ocupar a Terra, Ocupar a Tela – EAV Parque Lage – Rio de Janeiro (RJ)
2019 – Imagem, Corpo e Cura – Casa Philos – 17º FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty – Paraty (RJ)
2015 - FAKE FAKE ilustraciones 6 - Sertão Urbano - Galeria Potrich – Goiânia (GO)
2015 - FAKE FAKE ilustraciones 6 - Sertão Urbano - Galeria Potrich – Goiânia (GO)
2014 - MUdA - Projeto de Ocupação em Arte - Residência Resistência - Casa rua 20, Academia Goiânia de Letras – Goiânia (GO)
2013 - FAKE FAKE ilustraciones 5 - NA RUA - Galeria Potrich – Goiânia (GO)
Filmes, entrevistas e lives em que participa:
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Pivô Pesquisa Visita: Jaider Esbell conversa com Sophia Pinheiro
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“sentir, pensar, agir”: o fazer cinematográfico de mulheres indígenas (Sophia Pinheiro, UFF)
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Conversation with “Being Imperfect” Filmmaker Sophia Pinheiro – 2021 Mother Tongue Film Festival
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Patrícia Ferreira Pará Yxapy & Sophia Pinheiro I 2º Abissais encontro de mulheres nas artes
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Debate com as diretoras do filme "Teko Haxy – ser imperfeita"
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Mulheres Guerreiras | Graciela Guarani, Patrícia Pará Yxapy e Sophia Pinheiro #40
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Masterclass de Audiovisual | Projeto Nhemongueta Kunhã Mbaraete - Conversas entre mulheres corajosas
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Nhemongueta LIVE: Conexões femininas com Sandra Benites e Graciela Guarani #NhemonguetaKunhãMbaraete
Debates sobre o seu trabalho:
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Cineclube Nanook #011 - "Teko Haxy - Ser Imperfeita" (2018) com Clarisse Alvarenga
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Sala Redenção apresenta Tela Virtual - NHEMONGUETA KUNHÃ MBARAETE (2020)
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Comentando Asas do Desejo (1987); Ilha (2018) e Teko-Haxy: Ser Imperfeita (2018)
Textos acadêmicos e textos independentes sobre o meu trabalho:
Clippings:
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Pesquisa da UFF reúne e amplia o alcance de produções cinematográficas de mulheres indígenas
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Conheça 23 artistas brasileiros emergentes para ficar de olho em 2023
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Cineastas indígenas fortalecem cultura e combatem o colonialismo na América Latina
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Aluna egressa da UFG lança websérie em parceria com cineastas indígenas
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O livro Teko Hypy apresenta narrativa poética dos Mbyá-Guarani - Jornal Opção